10 de agosto de 2010

RETOMA

O pânico
passou
o choque
bateu de chofre
rebentando o cofre.
Não existiu chave,
não existiu truque,
empurrou-me
para um enclave
sem clave...
Com
vendas transparentes
vou largando
os ataques
que me perfuram
os olhos.
Que terror
que odor
tão audaz
que é capaz
de estralhaçar
o vibrar estrangulado
por mãos fétidas.
Respiro.
Por momentos
consigo respirar.
Ando.
Os passos
tornam-se
corrida rápida.
Penso
corro,
tropeço,
levanto-me
estendo-te o testemunho
do mundo...
A coleira
quebra-se
a corrente
sente
e a alegria
toca à porta.
Vida minha
tão torta
que até
parece anedota!

Sem comentários:

Enviar um comentário