Espelho de água
sucesso iminente
de progresso
sacudindo
em prosas revoltas
de linhas pregadas
em plataformas definidas.
Sei amar,
sei pensar,
sei continuar,
sem perturbar
definindo
estratégias duplas
de cumplicidade.
Não perco,
sim encontro
no meio
do estardalhaço
o projecto afinado
em rama verde
pois o início começa,
e a oportunidade
de desenvolver
caracteristicas diversas
de pensamentos
de segmentos
apresenta-se idóneo.
Abomino o corrupto,
o delambido
o desinteressado,
acuso o rasca
com ou sem rasta.
Aproveito a nesga deixada
num fechar
duma janela,
e a definição
da minha situação
apresenta-se
clara, extensa.
Distrai-me
o bater da porta
o ranger do móvel,
da escada
que parte,
e afunila
o gosto desejado por mim.
É justo saber,
é justo querer
e negar
e irradicar soluços
sem preço,
sem terço...
25 de fevereiro de 2011
17 de fevereiro de 2011
NINA
MARINA
O vento
aquietou a chama veloz
dum sorriso tardio
dum abrigo sentido
de carinho fogoso.
Solta-se
a luz
que brada
e encalha
num labirinto
de escapadas fechadas.
Algures
em ti
procurei
mas
não sei
nem
ensaiei
o porquê
nem
estabeleci meta
apenas
usei
a seta certeira.
Acerto
desacerto
e acerto de novo!
O teu compasso
é largo
como
o lago que percorres
onde
não há margem
e o pagem
devaneia.
Apenas
o teu olhar
se reflete
no meu colar
resplandece
o sonho
a brisa
limita
o afagar
e a constelação vibrante
sorri
ao ver partir
a desilusão inútil
inexistente
no pronúncio
desta união...
UM BEIJO
UM PEQUENO PONEI
Um pequeno pónei
desenhava
Bambina
caminhava
sorvendo
o cheiro quente a mosto
que rolava indiferente
aos seus pés.
Bambina
olhava
olhava para o trigal
e doseava
a mente crente
vidente
deixando deslaçar
os fios
que lhe pendiam.
Um pequeno pónei
desenhava
o lustro
era puxado aos metais
o arreio
o arresto
brilhava.
Bambina
saltava
apanhava o espaço
cobrindo
o retrato afinado
da sombra
do pequeno pónei
que desenhava.
desenhava
Bambina
caminhava
sorvendo
o cheiro quente a mosto
que rolava indiferente
aos seus pés.
Bambina
olhava
olhava para o trigal
e doseava
a mente crente
vidente
deixando deslaçar
os fios
que lhe pendiam.
Um pequeno pónei
desenhava
o lustro
era puxado aos metais
o arreio
o arresto
brilhava.
Bambina
saltava
apanhava o espaço
cobrindo
o retrato afinado
da sombra
do pequeno pónei
que desenhava.
15 de fevereiro de 2011
MÃE
Mãe
que que sabe a som
que toca
no espaço vazio
deixado por ti
que sossega
o cometa
quando o cheiro
do planeta
sabe
a explosão.
Que dança
a música
conforme o tom.
Crista vermelha
com asa de flauta
que sai da pauta
e procura o riso.
Castigo
de quem fica na fila
e agarra
o mito
imposto
que é imposto
que soletra
a colheita
do meu vinho.
Que ultrapassa
qualquer fisga
em velocidade tardia
de laivos de sol
que fecunda
a vida
e deixa
rasto de pavio aceso
de alegria!
que que sabe a som
que toca
no espaço vazio
deixado por ti
que sossega
o cometa
quando o cheiro
do planeta
sabe
a explosão.
Que dança
a música
conforme o tom.
Crista vermelha
com asa de flauta
que sai da pauta
e procura o riso.
Castigo
de quem fica na fila
e agarra
o mito
imposto
que é imposto
que soletra
a colheita
do meu vinho.
Que ultrapassa
qualquer fisga
em velocidade tardia
de laivos de sol
que fecunda
a vida
e deixa
rasto de pavio aceso
de alegria!
ESPALHAR IMAGINAÇÃO
Se um dia
procurei imaginação
encontrei a sensação divertida
de dialogar
com torneiras!
Aprendi
relatei
e constatei
que existe
loucura afortunada
adicionada
algures
no terno buraquito
enfeitiçado
do meu amontoado
nevral.
Rio
com a imaginação
trato-a
por irmão
sem ilusão
sem permissão
pois
não existe
realidade
nem obstinação
nem prevenção
contra
estigmas elaborados
no orifício constante
da minha perdição!
Alongo-me
por vezes
em conversas
de alquimia
e feitiçaria
tratadas
por monstros
de rosto guardado!
Quem sabe?!
Mas tu
encontras
tu
perguntas
e tu
sabes
acolher
o raio radioso
de alguém
como eu
que
substitui
a imaginação!
procurei imaginação
encontrei a sensação divertida
de dialogar
com torneiras!
Aprendi
relatei
e constatei
que existe
loucura afortunada
adicionada
algures
no terno buraquito
enfeitiçado
do meu amontoado
nevral.
Rio
com a imaginação
trato-a
por irmão
sem ilusão
sem permissão
pois
não existe
realidade
nem obstinação
nem prevenção
contra
estigmas elaborados
no orifício constante
da minha perdição!
Alongo-me
por vezes
em conversas
de alquimia
e feitiçaria
tratadas
por monstros
de rosto guardado!
Quem sabe?!
Mas tu
encontras
tu
perguntas
e tu
sabes
acolher
o raio radioso
de alguém
como eu
que
substitui
a imaginação!
13 de fevereiro de 2011
QUAL VIDA
A vida
não perdoa
nada
é suficiente
tento
que não seja
insipiente.
A vida
ensina
a vida
transmite
testemunhos
conjuntos dispersos
embalados
prontos
a utilizar.
A vida
é para ser
utilizada
para resgatar
as sobras
amanhecidas
em horários acabados.
E a vida
mata
rasga
sufoca
e adormece
sem
amanhecer
sem
transparecer
o bater esquecido
perdido algures
num canto
sem
canto
do encanto
da tua vida!
A VISÃO DO CORAÇÃO
O musgo
caminhava ao sabor
da estrada
torneando
o relance
com cheiro
a romance.
Ramos abraçavam
copas de árvores
esgotadas
e translúcidas,
apertam
a opinião
de algum coração.
Flores
espreguiçavam-se
conversavam
e comandavam
o escoar
da visão.
A vida para,
escuta,
o minúsculo sortudo
duende
que airosamente
encanta
o abrir
deste meu coração!
REALIDADE ASSUMIDA
Na consciência
da permanência
protegeu-me
um prego!
Um furo obtuso
estrangulado
e delambido
que me fez
permanecer consciente
na fronteira
da rebeldia!
da permanência
protegeu-me
um prego!
Um furo obtuso
estrangulado
e delambido
que me fez
permanecer consciente
na fronteira
da rebeldia!
O SONHO DO FIO
As mãos
trocaram-se
andaram
à procura,
encontraram o fio
que não
estava desligado,
foi possível
o retorno,
o confronto
de confusões confusas
que agitaram
o desconhecido momento
em que se deu por isso,
e foi possível
trautear
a aba do casaco
apertar
com a boneca de estimação.
As mãos abraçaram-se,
aproveitaram
o som do fio,
a linha vadia
de decisões por decifrar
e as mãos
encontraram-se
e o fio...sonhou!
trocaram-se
andaram
à procura,
encontraram o fio
que não
estava desligado,
foi possível
o retorno,
o confronto
de confusões confusas
que agitaram
o desconhecido momento
em que se deu por isso,
e foi possível
trautear
a aba do casaco
apertar
com a boneca de estimação.
As mãos abraçaram-se,
aproveitaram
o som do fio,
a linha vadia
de decisões por decifrar
e as mãos
encontraram-se
e o fio...sonhou!
PALAVRAS
9 de fevereiro de 2011
FRONTEIRAS
Acabou
a passagem
torna-se simples
e rápida.
Será melhor esperar!
Será melhor escutar!
Será mesmo
é substituir subtracções
de espantos
deixados
num recanto
onde
a apanha da uva
é tardia
e o esvaziar
dos corpos
termina ao entardecer.
Renego o sossego
o esperar
o escutar
apetece-me
ser leito sem freio
que perdoa
que ecoa
dando
a transformação permissível
de alguém
que sublimou
o retardar
de opções feitas
em determinadas ocasiões.
a passagem
torna-se simples
e rápida.
Será melhor esperar!
Será melhor escutar!
Será mesmo
é substituir subtracções
de espantos
deixados
num recanto
onde
a apanha da uva
é tardia
e o esvaziar
dos corpos
termina ao entardecer.
Renego o sossego
o esperar
o escutar
apetece-me
ser leito sem freio
que perdoa
que ecoa
dando
a transformação permissível
de alguém
que sublimou
o retardar
de opções feitas
em determinadas ocasiões.
LÁ FORA
Lá fora
o caminho esperava
tinha saudades
de o rever
para restabelecer
de novo
o instantâneo
simulado
no meu desejo.
Como
te desejo
como
me apetece
agarrar o abraço
de momentos
já perdidos.
Reconquistar
portas exigentes
com gosto
a fortunas existentes
que um dia
escaparam
da evasão
dum trotear
de uma suave canção.
E revi-te
e agarrei-te
abracei-te e amei-te
sem me render
ao vender
de agonias dispersas.
Querer saborear
o delicado surgir
de capotas destapadas
ávidas de expressão
de conecção
em que
a opção
é resguardar
o suposto limite
esvaziando o leme
da rotação
da esfera amilar
que roda
em torno
dum fio
amado por mim
até ao fim.
O SOM
Acordei
o acordar
senti-me bem
esquecendo
o retardar
do dilúvio.
Mãe negra
estalava
o som
em canções
que
me adoçavam
a mente.
A preguiça descia
lentamente
pelo meu corpo
abrindo
os receios.
Não havia dor
e o som
ecoava forte
através
da transparência
decifrada
durante o sono.
Abracei-te
deixando
que o meu calor
te afagasse
o momento
do desejo
e envolta
em momentos
decifrei códigos
e aconteceu o momento
o pleno.
As taças
propagavam o som
que delicadamente
desbloqueava os nossos seres
e o abraço
abraçava unindo
despertando
ousando
o manifesto desejado
por alguém
que eu amo
numa dimensão molecular
celular
em que o momento
acontece
e permitiu sentir-te
conhecer-te
e afirmar-me
num lustre iluminado
em que
o teu olhar
a tua presença
se tornou permanente.
o acordar
senti-me bem
esquecendo
o retardar
do dilúvio.
Mãe negra
estalava
o som
em canções
que
me adoçavam
a mente.
A preguiça descia
lentamente
pelo meu corpo
abrindo
os receios.
Não havia dor
e o som
ecoava forte
através
da transparência
decifrada
durante o sono.
Abracei-te
deixando
que o meu calor
te afagasse
o momento
do desejo
e envolta
em momentos
decifrei códigos
e aconteceu o momento
o pleno.
As taças
propagavam o som
que delicadamente
desbloqueava os nossos seres
e o abraço
abraçava unindo
despertando
ousando
o manifesto desejado
por alguém
que eu amo
numa dimensão molecular
celular
em que o momento
acontece
e permitiu sentir-te
conhecer-te
e afirmar-me
num lustre iluminado
em que
o teu olhar
a tua presença
se tornou permanente.
6 de fevereiro de 2011
EXPERIÊNCIAS
ESCREVO-TE
PULGA RESIDENTE
No lado
bom
do meu coração
existe
uma pulga.
É uma pulga
diferente,
resistente,
com uma ligeira deficiência,
mas linda...
Cheia de charme,
agarra a vida,
agarra o sorriso,
que espreita
debaixo
de sorrisos atrapalhados...
Desenvolve-se
ao sabor do vento
seguindo
a rota do elefante.
Não quer ver,
nem ouvir,
nem falar...
Acomoda-se
tranquila
numa caixa de tartaruga,
corre a esteira,
desenrola
o mapa,
estuda
o brilho de fugas repentinas,
vedadas,
seladas,
num
código permanente
de alegrias!
bom
do meu coração
existe
uma pulga.
É uma pulga
diferente,
resistente,
com uma ligeira deficiência,
mas linda...
Cheia de charme,
agarra a vida,
agarra o sorriso,
que espreita
debaixo
de sorrisos atrapalhados...
Desenvolve-se
ao sabor do vento
seguindo
a rota do elefante.
Não quer ver,
nem ouvir,
nem falar...
Acomoda-se
tranquila
numa caixa de tartaruga,
corre a esteira,
desenrola
o mapa,
estuda
o brilho de fugas repentinas,
vedadas,
seladas,
num
código permanente
de alegrias!
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