28 de agosto de 2010

DORMÊNCIA

Catana esburacada
que ceifou
um pedaço
da minha semente
e me deixou quebrada.
Campo de feno dourado
que me
levou anos
a erguer,
onde
o poder empregnado
tinha cheiro
a mar selvático...
Animalesca catana
essa
que permanece
intacta
e a escrever a acta.
Confronto diário
com o meu
imaginário
onde procuro por vezes
o porquê.
Idealizo
e realizo momentos
para me preencher
e tapar buracos.
Esses
meus!
Não da catana...
Essa...
Quem sabe
se plana
se me chama...
Apenas
lhe atiro uma sultana
com sabor
a romana.

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