27 de agosto de 2010

POBRE SINA

Negros famintos
que assistem
ao desfile de caracóis genéricos,
poéticos,
práticos em manuais de sobrevivência
aglomeram-se
latindo sem tino...
Não procuram vida,
mas não vegetam
encarregam-se
apenas
ao esquivo de falsas promessas.
Atordoados,
deslumbrados,
manifestam-se
em odores sem esquinas.
Provetas
com sabor a chupetas
adoçam-lhes a boca
que sorri em esgares
de moléstia difícil...
Negros
com casa às costas
seguem tardios
o ritmo do desfile
e como será natural
um dia será apenas
o rolar dum funeral...

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