28 de agosto de 2010

LUTO

Dor imensa
transbordante
que chupa a fuga
limita o espaço
e espezinha
qualquer
tipo de esperança.
Nada é constante
tudo
se tornou desprezante...
É como
uma sarna
que se alapa ao corpo...
As feridas
escancaradas
subsistem
ao fechar do sonho.
Luta inexplicável
para
que o equilíbrio
não se esvaia
em ensaios perpétuos.
A garantia tardia
que
um dia
aliados imaginários
me transportarão
em câmaras de paz.
Tortura confusa
que emudece
o meu sangue
e me
congela as entranhas...
A sensação
que para lá deste buraco
existe vida
é raramente plausível,
inaudível,
inatingível...
Apelo aos monges
a quem me ama
a quem me quer
a quem me chama,
mas a
derrocada final
é quando
me apercebo
que
o único bónus possível
é mastigar
a semente
do meu
clemente pensamento...

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