9 de outubro de 2010

TURBINA


Não sou criminosa
sou como
uma rosa fogosa
com pedido de margarida.
Canto ao som
da suave melodia
desisto de crimes
desisto de cisnes
lapido o espinho
da rosa bonita
caída ao canto
do último
acto da corrida,
da subida...
Tremo
ao pensar
no que disseste,
no que fizeste,
guardo as relíquias,
arrumo os talheres
não vale a pena
servir a refeição,
nem mesmo cobrir a mesa.
Não existe afeição,
só coleiras de negação.
Não quero
estar presa,
muito menos ser presa.
Nem pedra,
nem penses
que me pegas...
Aqueço o sopro
da gula obtusa
apresentada
num prato
de folia louca.
Se sirvo de touca?
Ou estou mesmo
é doida...

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