9 de outubro de 2010

NÃO CALO A CALADA


Pela calada
estalei a alma
sem retorno
e sem corno vigente.
De frente
para a Calada,
a minha praia
sem saia,
lancei-me
num voo de estrela cadente...
Sem perder,
sómente receber
e acolher
a raíz
que por um triz,
não quebrou
junto ao lancil.
Pé na estrada
farta
de tanta merda,
chegarei depressa
levada
pelo remexer da tua colher.
O círculo,
o movimento é curto,
rápido.
É preciso reagir
como tomando café.
Não gosto,
não gosto mesmo nada
do trago do café,
mas compreendo
que algures
a vida
é conduzida sempre
com uma boa dose de cafeína,
para que
o nervo palpite
com lança de matador
e que
o regozijo
de encontrar
o Salvador
incita-me de roldão
para a evasão espontânea
dum surfista
em plena conquista
do grito da solução...

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