17 de janeiro de 2011

A MOSCA

A
mosca picou-se
zuniu
e desilidiu
os presentes.
Questionaram-se!
Revoltada
a mosca
destratava
o momento
posicionando
em formas esquivas
o interior
do seu universo
sem verso!
A
mosca é maluca!
Está tonta!
Bêbeda
saltita
agora feliz
os picos
abastecem-se
de azeite
e desapertam
o cinto
espreguiçam-se
alagam
o espaço
onde
a mosca distraída
rolava-se
perdida.
O
mundo acabou
soprou o vento
sorveu-se
o resto
e o
que faltava acrescentar
aos anais
e a
mosca pulou
gritou
saudou
e
levou o poço delambido
partido
e
esquecido
onde
a rolha oca
iluminava
sómente
com um pavio.

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