2 de novembro de 2010

POISAR NO MAR


Como é difícil
conceber
que o vazio deixado por ti
depertou noutro lugar.
Convencer-me
de que
realmente a transformão
existe,
que
o parafuso que apertava
a prateleira
se torceu
e caíu.
Levou tudo,
arrastou tudo
sem rasto
sem trago,
sem trilho para eu seguir...
Lanças espetadas
na berma da estrada
que ainda caminho
indicam-me
o tornear do lamento
e a construção
aparece
eminente na minha mente.
De repente
sem pôr a mente
a flutuar
tudo se envolve em bruma estridente,
ardente
sôfrega de se embrulhar
num perdoar
cativo
e nutritivo...
É da tua sede
que vou beber,
é da tua espuma
que eu vou trocar
o saber estar.
E é como eu amo
que é
no mar
que eu
te vou recolher...
Sem temperar!

1 comentário:

  1. Palavras de grandes sentimentos,descortina tua alma em dor e saudade.Voce é um mar de sentimentos,voce é especial ,voce é gente maravilhosa...Não sofra,o sofrimento provaca a dor em todos os que te amam...Um forte abraço.Bjo.
    Carlos.

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