22 de janeiro de 2011

IMAGEM


Sentir

os teus lábios

permitir

o abrigo sentido

balançar

desamparada

nos teus braços

caindo

ao de leve

no ocaso

que acolhe

o despedir

de alguém que brilhou

no desafio.

Esperar

a hora

que espera

o realizar

dum bater de brilhos

que ofuscam

a memória.

Lá fora

a glória

ultrapassou a história

e rectifico

os sons

do meu relógio.

Não há

hora para o amor
sómente
o bater
dum tambor cadente
persistente
que desencandeia
a roda da volta
da liberdade suada
que magnetiza
o encarar permissível
de aproveitar
na hora
esse amor.

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