20 de abril de 2011

UM APETECE



Apetece-me pensar que não me apetece partir já. Apetece-me pensar que me apetece é sorrir, já, agora! Depois, talvez e pelo menos um dia!

Será mesmo que este apetece consegue decifrar um pequeno código guardado num toucador com cheiro a talismã?!

Apetece-me pensar que o cair da lua arrefece o conter das lágrimas, e que não vai doer, não vai moer mais o desejo de ser feliz!

Apetece-me mesmo é chorar, e choro mesmo neste momento, sem desejo de parar.

Apetece-me encher o mar, atravessar olhares mas sem cruzar no teu, pois faz-me doer!

Aceita uma lágrima, aperta-a, vais ver que se dissolve e nem dá para beber. Se a lambes, se a sorves, se te ocupas a embeber algodão de neve...

Que te apetece então?!...

Apetece-me apenas tocar na brisa que abana o meu pulso.

Apetece-me chamar o som com que te reclamo a chama resgatada dum certo espectáculo que abafou a energia esgotada, porque afinal me apetece ficar um pouco, um pouco mais, um pouco sózinha, um pouco na cozinha.

Pois sim, porque me apetece beber a sina em redor, trocar de lágrima, pousar a camisa e correr para o parque, porque sim é isso mesmo que me apetece!

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