9 de fevereiro de 2011

O SOM

Acordei
o acordar
senti-me bem
esquecendo
o retardar
do dilúvio.
Mãe negra
estalava
o som
em canções
que
me adoçavam
a mente.
A preguiça descia
lentamente
pelo meu corpo
abrindo
os receios.
Não havia dor
e o som
ecoava forte
através
da transparência
decifrada
durante o sono.
Abracei-te
deixando
que o meu calor
te afagasse
o momento
do desejo
e envolta
em momentos
decifrei códigos
e aconteceu o momento
o pleno.
As taças
propagavam o som
que delicadamente
desbloqueava os nossos seres
e o abraço
abraçava unindo
despertando
ousando
o manifesto desejado
por alguém
que eu amo
numa dimensão molecular
celular
em que o momento
acontece
e permitiu sentir-te
conhecer-te
e afirmar-me
num lustre iluminado
em que
o teu olhar
a tua presença
se tornou permanente.




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