16 de janeiro de 2010

RESGATE


Preciso talvez de químicos!...
Preciso talvez de arrogância!...
E de ganância?...
Será?
Apanhar a lama,
que resiste ao descalabre de vidas ocultas e pervertidas...
Subsiste apenas o desgaste,
e o infortúnio delinquente,
de fartura de estruturas com fissuras...
Por vezes,
a sensação de alegria,
ainda percorre a minha mente...
Será?...
Sinto a náusea enebriante do ópio,
que me faz iludir,
a inútil sensação de estar viva...
As taças de vinho,
que esvazio lentamente,
com olhar ávido de devaneio,
doentio e escusado...
Onde eu estou?
Onde eu paro?
Onde me está a levar,
o gosto pela saliva dura...
Pelo perigo aflito de cristais sem brilho,
que se lançam em labirintos,
esquecidos,
perdidos,
destratados...
Onde o sentir do corpo rasgar,
da mente que explode,
e do contacto proibido,
com chagas definitivas de podridão...
Nem já a alma agradece...
Nem reflecte...
Será que peço que cesse?!...

Sem comentários:

Enviar um comentário